segunda-feira, 15 de julho de 2013

O que são alimentos transgênicos?


Crédito da imagem original: Morangos transgênicos. Luciana Monte/Flickr 

O QUE SÃO?! Todo organismo que contém materiais genéticos de outros organismos é denominado transgênico. A transgenia, a geração de transgênicos, visa criar organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original: por meio da manipulação genética, combinam-se características de um ou mais organismos de uma forma que não aconteceria na natureza, podendo ser combinados, por exemplo, os DNA's de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.

EM QUE SÃO APLICADOS?! As aplicações mais imediatas dos organismos transgênicos e dos organismos geneticamente modificados em geral são a utilização em investigação científica, além da produção de alimentos transgênicos, alimentos modificados com o objetivo de melhora da qualidade e aumento da produção e da resistência às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias e outros) e herbicidas.

COMO É A TÉCNICA?! 
A manipulação genética destas sementes é obtida através de diversas técnicas, cada qual produzindo um resultado específico: em algumas técnicas, nos embriões das plantas são inseridos fragmentos de DNA de bactérias, vírus ou fungos que contêm genes que codificam a produção de herbicidas. As plantas assim modificadas produzem as toxinas contra as pragas da lavoura, não necessitando de certos agrotóxicos. Outras são feitas resistentes a certos agrotóxicos, para que estes sejam usados em lavouras onde é preciso exterminar outro tipo de vegetal, como ervas daninhas, sem afetar o resto da produção.

BENEFÍCIOS?! Apesar dos aparentes benefícios (aumento da produção, maior resistência à pragas e agrotóxicos, aumento do conteúdo nutricional, maior durabilidade e tempo de estocagem), o objetivo central dos transgênicos é o lucro.

E OS DEFENSORES DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS?! 

·        Alegam que o cultivo pode reduzir o problema da fome, visto que aumentaria a produtividade de variadas culturas. Mas é sabido que a fome no mundo se deve a má distribuição de renda na população (não falta alimento, ele está é mal distribuído).

 Ø  NA VERDADE, os transgênicos exacerbam o problema: sua produtividade não é superior à dos alimentos convencionais e orgânicos e, como as sementes transgênicas têm propriedades extras, são mais caros em razão dos royalties a serem pagos, o que aumenta o custo de produção e prejudicando agricultores que cultivam plantações convencionais ou orgânicas.

·        Outro argumento dos defensores é a redução do uso de compostos como herbicidas, pesticidas, fungicidas, microfertilizantes e certos adubos, cuja acumulação pode causar sérios danos aos ecossistemas a eles expostos.

 Ø O que se observa, ENTRETANTO, é diferente: primeiro, por resistirem a agrotóxicos ou possuírem propriedades inseticidas, o uso contínuo de sementes transgênicas leva à resistência de ervas daninhas e insetos, o que por sua vez leva o agricultor a aumentar a dose de agrotóxicos ano a ano; segundo, representam risco de perda de biodiversidade, tanto pelo aumento no uso de agroquímicos (que contaminam o solo e a vida no solo ao redor das lavouras), quanto pela contaminação de sementes naturais por transgênicas (o fenômeno da polinização cruzada) e pelo fato de que serem mais por fortes e resistentes a seleção natural tende a ser maior nas plantas que não são transgênicas.


NÃO HÁ CONSENSO SOBRE A SEGURANÇA! Hoje não existe consenso na comunidade científica sobre a segurança dos transgênicos para a saúde humana e o meio ambiente. Casos de reação alérgica dos animais/humanos a estes alimentos já foram registrados. Testes de médio e longo prazo, em cobaias e em seres humanos são evitados pelas empresas de transgênicos.

DEVEMOS SABER O QUE CONSUMIMOS! Temos direito de saber o conteúdo do produto que está consumindo e as consequências disso, incluindo as técnicas empregadas para a melhoria daquele alimento. Em 2003 foi publicado o decreto de rotulagem, obrigando empresas de alimentos e produtores a identificarem, com um “T”, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica. 


BRASIL! No Brasil, onde 9,60% (dados de 2009/2010) das lavouras empregam transgênicos, as pesquisas sobre e o desenvolvimento tecnológico de alimentos transgênicos (ou OGM, organismos geneticamente modificados) são conduzidos pela Embrapa. A partir da Lei de Biossegurança (Lei 11105/05), a responsabilidade pela autorização do plantio e comercialização deste tipo de alimentos é feita pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

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